¨Como um grão de areia dentro de uma ostra, a irritação cognitiva estimula a criatividade.¨
Um estado de irritação cognitiva traz um grande desconforto intelectual. Acredito que deve ser exatamente como descrito por Joseph Grenny, autor da frase acima, em um artigo publicado recentemente na Revista Harvard Business Review. Clique aqui e leia o artigo.
Lembro que dias atrás Daniel Argolo da Love Brand, usou em sua aula na RedHook School, a palavra ¨enquistação¨. Foi a primeira vez que ouvi essa palavra, que define o processo usado pelas ostras na produção de pérolas. Ele ainda citou uma frase de Rubem Alves: ¨ostra feliz não faz pérolas¨.
Aliás, o curso de planejamento da RedHook não tem poupado seus alunos quando o assunto é causar essa irritação cognitiva. Os profissionais que têm contribuído todos os sábados, com suas riquíssimas experiências, têm deixado sempre partículas de areia nas suas atentas ostras!
Steve Jobs afirmou que ¨criatividade é apenas conectar coisas¨. E é isso que fazemos o tempo todo. Vamos juntando nossas experiências aos conhecimentos que absorvemos a cada dia e vamos aplicando nas demandas que vão aparecendo.
Fica evidente que quanto mais coisas tivermos para conectar, maiores serão as nossas possibilidades criativas. Nutrir-se intelectualmente de vários e diferentes tipos de conhecimentos e experiências amplia poderosamente nossa capacidade de criação.
O Design Thinking, tão bem explorado pela incrível Paula Abbas – também no curso da RedHook – é fundamental para organizar esses conhecimentos e experiências de uma forma que possibilite alcançarmos mais rápido e assertivamente os objetivos determinados.
E o ¨estado de flow¨? Como se insere nesse contexto? Ele é peça fundamental no processo de Design Thinking. Quanto mais profundo a equipe mergulhar nesse estado, mais geniais serão os insights e os caminhos encontrados para atender uma demanda pré-estabelecida.
O psicólogo e pesquisador Mihaly Csikszentmihalyi – autor da Teoria do Flow – revela que o tal estado se situa um uma área determinada entre a ansiedade e o tédio. É um estado de concentração total, onde perde-se a noção de tempo e espaço.
Trazendo tudo isso para o ambiente de uma agência de publicidade, onde a demanda por criatividade é elevada e, ainda, considerando o absurdo volume de informações a que temos acesso hoje, compreende-se a essencialidade do design thinking e suas poderosas ferramentas no processo criativo.
A avalanche de conteúdos despejada todos os dias sobre nós e a necessidade de conectar coisas e construímos soluções para as demandas apresentadas, nos coloca todos os dias em estado de enquistação. O design thinking e o seu fantástico estado de flow são absolutamente imprescindíveis para a produção de pérolas de valor!
por Sanny Quintana